sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pirataria: a favor ou contra??


Primeiro, é preciso considerar que a pirataria é um crime previsto nas leis atuais. Logo fica díficil se posicionar simplesmente como a favor ou contra, é um crime. Por isso, prefiro leventar algumas considerações sobre a pirataria como:
- A pirataria trouxe a possibilidade de acesso à "produtos culturais" para pessoas que sem a mesma não poderia ter esse acesso;
- A pirataria é uma fonte de sobrevivência para muitas pessoas que estão desempregadas;
- A pirataria só é crime porque temos leis anti-pirataria que não condizem com a sociedade da tecnologia e da informação em que vivemos;
- E, de forma mais profunda, só temos pirataria por causa dessa própria sociedade que causa o desemprego e a desigualdade que alimentam a pirataria.
Acredito, portanto, que poderíamos - para falar sobre pirataria - refletir sobre a nossa sociedade e sobre as suas leis. Pois a primeira gera e alimenta a pirataria - pirataria entendida como uma questão social - e as últimas a tornam um crime.

sábado, 11 de outubro de 2008

Mais do Mesmo - Inclusão Digital

Não há como se pensar em inclusão sem se pensar na exclusão que a gera. E, no caso da Inclusão Digital, não há como pensar na exclusão digital sem se pensar em uma exclusão ainda maior, a exclusão social que é gerada pelo modo de produção capitalista em que vivemos.
E mais uma vez me proponho a falar de modo central sobre a Inclusão Digital e acabo falando do capitalismo... é que o capitalismo prega o lucro de tal maneira que ele procura lucrar até com os problemas que ele mesmo gerou e gera. É assim, por exemplo, na questão do mercado de trabalho no qual sabe-se que não há espaço para todos, pois o capitalismo não precisa de toda população empregada, pelo contrário esse modo de produção só sobrevive se tiver trabalho precarizado e uma massa de desempregados. E mesmo tendo essa consciência de que não há vagas para todos no seu mercado de trabalho, mesmo gerando a questão social do desemprego. Os capitalistas lançam políticas educacionais que Kuenzer chama de inclusão excludente e exclusão includente.
E para que? Para lucrar: as pessoas gastam seu dinheiro com cursos que não possibilitam a continuidade dos estudos e nem a inserção no mercado de trabalho como eles tanto prometem, ou seja, todo um "esquema" montado tendo em vista apenas o lucro.
Outro exemplo disso é a questão ambiental, o capitalismo tratando o planeta Terra " como se fôsseis a mina da fortuna econômica, a fonte eterna de energia fósseis" provocou todos os problemas ambientais que hoje presenciamos e ao mesmo tempo vem lucrando com a indústria dos reciclados, sob o forte apelo de uma educação ambiental ainda guiada pela lógica mercadológica.
E a Inclusão Digital que se prega hoje vem ocorrendo dentro dessa lógica - o capitalismo gera o problema e não se importar em resolvê-lo só em lucrar com o mesmo. Tanto que a discussão dominante sobre a Inclusão Digital defende o acesso as máquinas, traduzindo para a linguagem capitalista "compra de máquinas, lucro".
Contudo, é preciso ir além desse conceito de Inclusão Digital; ter acesso aos computadores deve ser um pequeno passo de um longo processo que leve esses "recém-incluídos digitais" a adquirir uma consciência crítica das possibilidades que esse novo ambiente traz de uma nova construção do saber - a inteligência coletiva da qual nos fala Levy.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sétimo Encontro



No dia 29 de Setembro entrei em contato com o Inkscape (edição de imagem vetorial) e com o Kino (edição de vídeo), através de duas oficinas destinadas a nos apresentar esses dois softwares.Foi muito interessante aprender a fazer imagens e a editar vídeos, mas o importante foi perceber que o Inkscape e o Kino possibilitam que o próprio sujeito do conhecimento construa, produza o seu conhecimento a partir desses softwares.
Tornando-se um ser ativo no seu processo de conhecimento.