quarta-feira, 26 de novembro de 2008

COISAS MINHAS TALVEZ VOCÊ NEM QUEIRA LER

FORMIGAS/ABELHAS X O HOMEM

Não entendo porque o homem se auto-intitula Homo sapiens ( que em latim que dizer homem sábio, homem racional) se ele nem ao menos conseguiu chegar ao nível das formigas e das abelhas que são animais realmente sociais onde cada um desses insetos na sua colônia ou colméia tem sua função para que aquela sociedade possa sobreviver, para o bem de todos. E nós - Homo sapiens?? Será que estamos preocupados com o bem de todos ou com o nosso bolso?? Não consigo entender como um ser "tão" racional explorar, excluir e matar de fome seus semelhantes por "um pedaço de papel" que alguém disse que vale alguma coisa.

Andréa Rodrigues Santos

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre o Livro - O livro impresso está se tornando obsoleto??


O livro impresso foi por muito tempo o principal meio de difusão de conhecimento. Se alguém queria conhecer, saber sobre algo recorria ao livro.
Só que com o advento da internet isso se modifica, pois a internet é uma outra plataforma para textos, para o conhecimento. Logo, os livros perdem sua hegemonia anterior.
Mas não foi só isso que a internet possibilitou, ela trouxe uma nova forma de texto, de produzir conhecimento; através do hipertexto que é um documento eletrônico que se conecta com outras fontes através dos links e se esses links levarem a imagens e sons além dos textos, fala-se em hipermídia que é justamente uma associação entre hipertexto e multimídia
Eu falei em uma nova forma de texto, de produzir conhecimento porque, com o hipertexto e a hipermídia, o leitor é que vai criando suas próprias opções e trajetórias de leitura, o que rompe com o esquema rígido de leitura linear imposto pelos autores dos livros impressos, dos textos tradicionais.
Além disso, a evolução da internet permitiu o surgimento do livro digital que são livros disponibilizados na íntegra em formato digital.
Então diante dessas novas formas de se produzir o conhecimento - hipertexto, hipermídia e o livro digital - acredito sim que podemos nos perguntar se o livro impresso está se tornando obsoleto, mas não acredito que a resposta para essa pergunta seja no momento "sim". Porque ainda existe uma cultura muito forte em torno dos impressos (eu mesma ainda não consigo ler na tela, preciso imprimir o texto a ser lido; pois sinto a necessidade de manuseá-lo, grifar para facilitar a localização dos enfoques mais importantes); as tecnologias ainda custam caro( questões cultural e ecomônica) e essa última questão leva a uma outra razão que justifica responder "não" a essa pergunta porque isso dificulta o acesso das pessoas a internet e, consequentemente, as aludidas possibilidades trazidas pela mesma as quais podem a longuíssimo prazo torna o livro impresso realmente obsoleto - ou não. E você, acha que o livro impresso está se tornando obsoleto?? responda essa pergunta na enquete ao lado.

sábado, 8 de novembro de 2008

COISAS MINHAS TALVEZ VOCÊ NEM QUEIRA LER

MUITAS NOTÍCIAS, POUCAS AÇÕES

Estamos num mundo onde por minuto recebemos bilhões de informações. Entre as novas tecnologias estão as tristes notícias de guerra, fome, miséria...Ouvimos, lemos, assistimos por dia tantas informações sobre os problemas da humanidade, porém nosso maior amigo é o sofá.Ficamos ali parados, às vezes revoltados (ou muitos até nem ligam ou já se acostumaram).É uma contradição, nunca tivemos mais a par das notícias do que na nossa sociedade contemporânea, porém estamos mais do que nunca passivos a tudo.
Andréa Rodrigues Santos

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sobre a televisão

Esse meio de comunicação, segundo Toscano, se impõe a partir da Segunda Guerra Mundial, tendo depois alcançado um rápido progesso: hoje podemos ver instantaneamente o que se passa a milhares de quilômetros de distância. Toscano ainda fala que a TV é uma combinação do rádio com o cinema. No entanto, Marilena Chauí amplia essa definição, pois, para ela, a televião é um meio de comunicação que "pega emprestado":
- do jornalismo, a idéia de reportagem e notícia;
- da literatura, a idéia de folhetim novelesco;
- do teatro, a idéia da relação com o público presente;
- e do cinema, os procedimentos com imagens.
Do ponto de vista da educação, Toscano afirma que esse meio de comunicação tem um papel positivo, mas ao mesmo tempo - com seu uso indevido - pode trazer vários perigos. Esses perigos dos quais Toscano fala são chamados, por alguns autores e pelo senso comum, de deseducação promovida pela televisão. Mas gostaria de mostrar o contrário - a televisão educa - através do artigo A deseducação educativa do jornalista Eugênio Bucci.
Para mostra que a televisão educa Eugênio Bucci considera que a origem etimológica da palavra educação está na junção de ex ( que quer dizer fora, em latim) com ducere (levar, conduzir), ou seja, educar seria conduzir para fora ou numa adaptação mais simples utilizada por esse autor, educar seria levar para.
Assim sendo a televisão tem uma função educativa, conforme Bucci, pois ela leva os telespectadores:
- ao consumo/consumismo;
- a ter determinados comportamentos;
- a seguir determinados padrões de beleza;
A televisão também educa quando:
- formar e orientar opiniões;
- banalizar a violência e o sexo.
Vocês devem estar se perguntando como assim? como a tv pode ter uma função educativa?Por isso trarei a seguir alguns exemplos.
A educação dada pela televisão para o consumo é fácil de ser entendendida, o custo das instalações de televisão é tão elevado, como aponta Chauí, que para se manter as emissoras precisam ser financiadas por empresas e, por isso, para atender aos interesses econômicos desses patrocinadores essas emissoras têm que veicular comerciais e publicidades dos produtos dessas empresas. E esses comerciais e publicidades acabam educando os telespectadores para consumir.
Outro exemplo da função educativa da televisão é o fato da televisão educa para que certos padrões de beleza sejam seguidos, isso é o que mostram estudos que revelam que tem aumentado os casos de Bulimia e de Anorexia Nervosa porque as mulheres estão sendo influenciadas pelas imagens televisivas de mulheres magras, ou seja, as mulheres estão sendo educadas pela televisão para adotar esse padrão corporal de beleza. Enfim, é por isso que Bucci - e eu concordo com ele - considera que a televisão educa ( mesmo que não seja da forma que consideramos adequada).
E é por causa do que Toscano chama de perigos trazidos pelo uso indevido da televisão ou da deseducação promovida pela TV( como alguns autores ainda usam) ou nos termos de Bucci, da educação dada pela televisão que alguns autores - entre esses Moema Toscano - consideram que cabe ao Estado controla a televisão. Mas aí me questiono: tendo controle desse meio de comunicação, o Estado não iria também educar os telespectadores da forma que lhe convém? ou ainda isso não seria um tipo de censura?
Já outros autores, como Hugo Leonardo Fonseca Silva no texto A indústria cultural e educação infantil: o papel da televisão, acreditam que diante dos perigos, da deseducação ou da educação da televisão( para usar todos os termos usados durante essa postagem, porém lembrando que concordo com Bucci); cabe á escola e aos educadores ensinar as crianças a ver TV de maneira reflexiva e crítica. Mas me pergunto: se a escola e os educadores estão preparados para isso já que como aponta Francisco Gutiérrez a escola tem conteúdos fechados - sem relação com a vida dos alunos - e ainda já que a escola não parece querer "estabelecer relações" com os programas que passam na televisão.

Andréa Rodrigues Santos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- TOSCANO, Moema. capítulo 11- Educação e comunicação social; parte III - As instituições sociais básicas; in Toscano, Moema. Introdução à Sociologia Educacional, Petropólis, Vozes, 1984, pp. 119-127

- CHAUÍ, Marilena. Os meios de comunicação; capítulo 21 - O universo das artes; in MARILENA,Chauí. Filosofia, São Paulo, Ática, 2004, pp. 157-160

-SILVA, H.L.F., Indústria cultural e educação infantil: o papel da televisão. Revista da UFG, vol.5, no.2, dez.2003 online ( http://www.proec.ufg.br/)

http://www.colegiodante.com.br/interfaces/WebQuest/weblogica/Texto1.htm

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

I Congresso de Tecnologias na Educação

Participei do dia 27 de Outubro ao dia 01 de Novembro do I Congresso de Tecnologias na Educação
e através do mesmo pode repensar temas vistos na disciplina EDC 287 e também entra em contato como novos temas e reflexões referentes a "Tecnologias na Educação". Mas antes de comentar as contribuições que foram dadas a mim pelo aludido congresso e as contribuições que pude dar no mesmo, gostaria de dizer que foi muito bom participar do mesmo pelo contato com pessoas de todo o Brasil - pessoas que pensam sobre essa temática -, pela oportunidade que o mesmo nos proporciona de realmente participar - diferente de palestras ou mesmo congressos.
Feitas essas considerações gostaria de apresentar as contribuições (que dei e foram dadas a mim pelo congresso, na realidade elas se misturam):

1-) Pode perceber que com as possiblidades de acesso à informação no cyberespaço, todos transformaram-se em detentores do conhecimento. E, portanto, a escola e o professor perderam a sua posição de detentores, de monopolizadores do conhecimento. Mas, acredito que mesmo assim a escola e os professores não perderam a sua importância dentro do processo educativo, pois essa instituição e esses profissionais, nesse contexto contemporâneo, tem um papel fundamntal de mediação do conhecimento construído pelos seus alunos através do cyberespaço. Já que provavelmete esse conhecimento será sincrético e não-organizdo inicialmente e, com a mediação do professor, esse mesmo conhecimento poderá converte-se em um conhecimento sintético e mais elaborado; ampliando dessa forma as possibilidades de reflexão e ação desses alunos;

2-) Mas, para isso, é preciso que os professores ensinem seus alunos a pesquisar no internet até para os últimos perceberam as possibilidades que o ambiente virtual pode proporcioná-los as quais vão muito além do "copiar-colar";

3-) E para ajudar os professores nessa nova tarefa, ou melhor, nesse novo papel em relação ao processo educativo; encontrei no aludido congresso uma bela sugestão: a reflexão entre professores em blogs. Considero isso porque acredito que a troca de experiências entre indivíduos de uma mesma profissão é mais eficiente do que a formação contínua no seu modelo formal visto que as experiências, os conhecimentos trocados pelos professores através dos blogs são oriundos da própria prática desses profissionais e, portanto, constituíssem em conhecimentos muito mais legítimos e válidos. Por esse motivo, penso que a reflexão entre professores em blogs traz novas e promissoras possiblidades para a formação desse profissional e, consequentemente, para a ressignificação das suas práticas educacionais.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pirataria: a favor ou contra??


Primeiro, é preciso considerar que a pirataria é um crime previsto nas leis atuais. Logo fica díficil se posicionar simplesmente como a favor ou contra, é um crime. Por isso, prefiro leventar algumas considerações sobre a pirataria como:
- A pirataria trouxe a possibilidade de acesso à "produtos culturais" para pessoas que sem a mesma não poderia ter esse acesso;
- A pirataria é uma fonte de sobrevivência para muitas pessoas que estão desempregadas;
- A pirataria só é crime porque temos leis anti-pirataria que não condizem com a sociedade da tecnologia e da informação em que vivemos;
- E, de forma mais profunda, só temos pirataria por causa dessa própria sociedade que causa o desemprego e a desigualdade que alimentam a pirataria.
Acredito, portanto, que poderíamos - para falar sobre pirataria - refletir sobre a nossa sociedade e sobre as suas leis. Pois a primeira gera e alimenta a pirataria - pirataria entendida como uma questão social - e as últimas a tornam um crime.

sábado, 11 de outubro de 2008

Mais do Mesmo - Inclusão Digital

Não há como se pensar em inclusão sem se pensar na exclusão que a gera. E, no caso da Inclusão Digital, não há como pensar na exclusão digital sem se pensar em uma exclusão ainda maior, a exclusão social que é gerada pelo modo de produção capitalista em que vivemos.
E mais uma vez me proponho a falar de modo central sobre a Inclusão Digital e acabo falando do capitalismo... é que o capitalismo prega o lucro de tal maneira que ele procura lucrar até com os problemas que ele mesmo gerou e gera. É assim, por exemplo, na questão do mercado de trabalho no qual sabe-se que não há espaço para todos, pois o capitalismo não precisa de toda população empregada, pelo contrário esse modo de produção só sobrevive se tiver trabalho precarizado e uma massa de desempregados. E mesmo tendo essa consciência de que não há vagas para todos no seu mercado de trabalho, mesmo gerando a questão social do desemprego. Os capitalistas lançam políticas educacionais que Kuenzer chama de inclusão excludente e exclusão includente.
E para que? Para lucrar: as pessoas gastam seu dinheiro com cursos que não possibilitam a continuidade dos estudos e nem a inserção no mercado de trabalho como eles tanto prometem, ou seja, todo um "esquema" montado tendo em vista apenas o lucro.
Outro exemplo disso é a questão ambiental, o capitalismo tratando o planeta Terra " como se fôsseis a mina da fortuna econômica, a fonte eterna de energia fósseis" provocou todos os problemas ambientais que hoje presenciamos e ao mesmo tempo vem lucrando com a indústria dos reciclados, sob o forte apelo de uma educação ambiental ainda guiada pela lógica mercadológica.
E a Inclusão Digital que se prega hoje vem ocorrendo dentro dessa lógica - o capitalismo gera o problema e não se importar em resolvê-lo só em lucrar com o mesmo. Tanto que a discussão dominante sobre a Inclusão Digital defende o acesso as máquinas, traduzindo para a linguagem capitalista "compra de máquinas, lucro".
Contudo, é preciso ir além desse conceito de Inclusão Digital; ter acesso aos computadores deve ser um pequeno passo de um longo processo que leve esses "recém-incluídos digitais" a adquirir uma consciência crítica das possibilidades que esse novo ambiente traz de uma nova construção do saber - a inteligência coletiva da qual nos fala Levy.